Ao longo da entrevista, as profissionais do sexo demonstraram certa insatisfação
com a resposta jurisdicional dada aos registros de violência feitos por elas.
Certamente, saber que elas precisarão se expor, se envolver com questões
judiciais e, no fim, não obter resultado algum, é uma fato desestimulador.
Segundo entrevistada, a ideia existente é que, se ocorreu essa agressão,
a profissional do sexo é que deve ter dado causa a ela. Provavelmente, essa
equivocada presunção se relaciona com o preconceito ainda existente no que diz
respeito a essa profissão. Se não há essa presunção com relação às agressões a
outros profissionais, elas deveriam não existir em relação às profissionais do
sexo, entretanto, como uma entrevistada afirmou, “As pessoas acham que as
profissionais do sexo não são gente normal.”
Sobre isso, veja a resposta de uma
entrevistada:
“Nunca dá em nada, os caras acham que a gente
que provoca as brigas, que os caras é que não vão querer se incomodar, então a
culpa ainda fica na gente mesmo.”
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